Se tudo fosse esperança, esperança que fosse, se tudo fosse azul, azul de seus olhos, esperança que fosse, se tudo fosse assim, você já seria parte de mim.
Deixava tudo à revelia: a tábua, o estibordo, os lanceiros endiabrados, as roças de meu avô, as macieiras de meu tio, deixaxa tudo!
E, por uns instantes, iria me imaginar dono deste mundo, dono de vida!
Mas a história burila os contrários.
Se conseguisse tudo isso, certamente, acordaria de algum sonho mudo. E saberia que sua verdade roda de desgosto!
...e mágoa, meu amigo, não carrego mais ela dói e castiga!
E, se tudo fosse azul, Eu ia morar nele Porque meu vago, Ia virar vida. Se tudo fosse esperança, esperança que fosse, se tudo fosse azul, azul de seus olhos, esperança que fosse, se tudo fosse assim, você já seria parte de mim.
Deixava tudo à revelia: a tábua, o estibordo, os lanceiros endiabrados, as roças de meu avô, as macieiras de meu tio, deixaxa tudo!
E, por uns instantes, iria me imaginar dono deste mundo, dono de vida!
Mas a história burila os contrários.
Se conseguisse tudo isso, certamente, acordaria de algum sonho mudo. E saberia que sua verdade roda de desgosto!
e mágoa, meu amigo, não carrego mais ela dói e castiga!
E, se tudo fosse azul, Eu ia morar nele Porque meu vago, Ia virar vida.
E lá descobri também, que dentro do azul, mora a esperança, a paz, a concórdia e o desejo de estar sempre vivendo um grande amor !
E Casemiro, Por Onde Anda ?
e a criança engatilhado para a próxima dor.
Mas, Casemiro, por onde ? Ainda de braços armênios, com linda mulher ?
Às Vezes, as Coisas São Porque Parecem Ser
Às vezes as coisas são porque são, ou parecem ser, não ser.
Ele é feito um sino ou parte de tudo.
Às vezes duvidamos do que vemos, pelas chaves da noite,
E o destino o levará
Até de chinelas ou bondes,
Mas a volta é diferente
Pois virou resma de rolar
Minhas histórias de solidão não tem mais ninho.
E, num dia, virei passado, e virei futuro.
Às vezes as coisas são porque são,
Ele é feito um sino
Às vezes duvidamos do que vemos,
E o destino o levará
Até de chinelas ou bondes,
Mas não há mais tempo
A vida virou resma de rolar E eu, só, bem só, carregava as chaves da noite.
Vivendo no Corpo Dela
Mal que passo, Só vivendo, sem parar, no corpo dela !
Toda Tribo Tem um Chefe
Recebo ordens
Recebo ordens
Eles me confundem com
Se cores vazias
É ordem superior –
Mas são ordens!
E penso ao largo: Em que precipício cai?
Vindo não sei de onde,
HISTÓRIA DE SEMPRE ESTAR INDO
Quero ir é muito mais, simples igual ao vento, maino igual a calmaria.
Mas do que simples partir, também quero voltar! Pro mesmo lugar que não existe mais.
Guardo pó. São lembranças infalíveis: só a tempestade da alma pode levar.
Do lugar que eu vim não existe mais, só alguns ficaram como gazelas perdidas, sem sumidade prá amar, sem igualdade em pensar.
Do lugar que eu vim não há mais restos; só fome e mal pensar: todos descabidos de prazer alheio ao redor.
Por isso,se perguntarem de onde vim, digam lá: e ponto e vírgula: vim do fim do mundo dormitório das almas sem fim !
Quero ir é muito mais, simples igual ao vento, maino igual a calmaria.
Mas do que simples partir, também quero voltar!
Pro mesmo lugar que não existe mais.
Guardo pó.
São lembranças infalíveis: só a tempestade da alma pode levar.
Do lugar que eu vim não existe mais, só alguns ficaram como gazelas perdidas, sem sumidade pra amar, sem igualdade em pensar.
Do lugar que eu vim não há mais restos; só fome e mal pensar: todos descabidos de prazer alheio ao redor.
Por isso, se perguntarem de onde vim, digam lá: e ponto e vírgula: vim do fim do mundo dormitório das almas sem fim !
triste é voltar...
triste é voltar
e encontrar nosso amor,
triste é voltar de bonde, de trem,
mas, já sei, é triste e
fui e não encontrei virei afirmação sem endosso!
e matar saudades.
remansa minha vida, tal mulher é só caminhos para os idos e feridos !
A Casa Dela é Feita de Barro e Nosso Amor
Tenho dois alvoroços,
Todo Nosso Tempo de Amor
Quero uma mulher de dois quartos, um vestido de mel, um rosto faceiro e mágico e reluzente, que tenha flores, sempre aromado e frequentado por mim e pelo meu corpo.
Quero uma mulher vestal e amiga que tenha um quarto, dois travesseiros e um lençol de cetim, que tenha um sorriso plausível e que possa até ser controvertido.
Quero uma mulher simples ao extremo e complexa até o fio de cabelo. Que seja visionária, maleável, bruta, arrítmica, mas cândida nos pensamentos e nas carícias.Que me faça sonhar e rolar pelas nuvens.
Quero uma mulher de três anjos, sendo todos amigáveis e coloridos ao ponto de me enternecer, que use perfume de Odessa e um cordão de ouro que resplanda a luz de velas. Quero uma mulher, um tanto assim mulher, sem lua importante, mas que seja pura como o nascente e agressiva como o valente guerreiro. Não quero as de meias-palavras, só por inteiro.
Quero uma mulher romana ou medieval, por bem falar, servem as gregas e petruscas. E por bem dizer, qualquer uma que tenha o calor de uma noite romana e que nunca tenha conhecido o frio de não ser.
Quero uma mulher sem ocasos. Que seja rubra e fogosa que seja sempre verão e, ocasionalmente, amaine sua brisa em meu corpo.
Quero uma mulher que tenha um quarto e uma cama, um lençol para amar e outro para dormir. Um grande cobertor colorido, quente e prumoso, que saiba esconder confidências. Que tenha um criado-mudo onde possa pousar suas jóias e seu diário, onde, certamente, falará de seus sonhos românticos.
Quero uma mulher que faça publicar em todos os postes de luz pública, toda nossa história de amor, bem abaixo das velas de candeias,suporte das folhas de flandres, para que se evite que seja queimado, ou se debilite ao rumorejar de qualquer vento. E que o povo a leia com devaneios.
E que esta, ao mesmo tempo, faça despertar em todas as mulheres os princípios do amor, da paixão sem limites, e que nelas nasça o sentido de ser, amar e morrer, compreendendo que a vida só se agiganta quando o amor se encontra e revive por galácias luminosas e desconhecidas.
E que tudo seja uma tênue passagem em nosso tempo de amor.
Minha Montanha Canta o Amor ao Amanhecer
Sou montanhês de dois e touros bravios
É minha nova vida chegando, é minha velha vida brincando com o tempo.
É minha montanha brincando de amor.
(Poesia dedicada à Ticiana )
Comodato
Sinto que sinto,
(Poesia dedicada à Ticiana )
José Kappel
Enviado por José Kappel em 24/02/2023
Alterado em 13/01/2024 |