Chuva no De Repente
depois, mesmo, de lambra e cálido
mesmo molhados, onde meio aguado, mas plenamente convicente ! Izabella
zero que dois.
E damos as mãos e vamos para a terra que não tem fim !
A vida e a ternura de uma muher não pode ser comparada ou ser medida. Há de ser necessário plainar em seus ollhos ou sobrevoar seu corpo, igual a uma flor, num pleno de num jardim luminososo. Pois ela conjuga a flor e a luz.
A Eternidade Sem Nome
A Marcha Lenta dos Pardais
Atendo pelo mesmo nome, sou vizinho de uma porta, tenho sentido das coisas e me perco nas paredes, que lá meu espírito entortam!
Sou vesgo por um seguro bem treinado, gosto de cadeira macia e refinada. Sou do interior e marcho lento ao largo dos pardais que vagueiam ao plento.
Ao cair da tarde atendo pelo mesmo nome; moro ao lado de um pacote turístico, sou um evento sem exterior, sem nunca ter visto o mar! Nem me refeito no sal altruístico!
Sou certo até determinado ponto, onde se ponteiam as cruzes, sou determinado e longo, mas me desfaço quando reservas não há no coração desta gente que, dizem, de tantas luzes!
Quando sigo meu caminho, vou com tristeza. A todos perdi, com certeza. Certeza disso tenho no meu vôo.
Por isso a tanta paz que te peço está em suas mãos de meiadas caridades Faz dela meu porto de chegada e minha eterna permanência em sua eternidade!
Pálido e fresco jardim de orvalho -bem querido - que me acresce, cada dia, de miúdas gotas de ser livre.
Destilo e broto, a cada minuto, a eterna sensação de que sou apenas lantejolas!
Ah! Se pudesse, se pudesse tal!
Fosse adereço, um longo atavio, um enfeite de feliz, e me tornar gala e ornato.
Me tornar peça de adorno - que fosse -, destas flores que são metade de seu amor, outra metade de seus, sem meras aparências, ombros angelicais, que pousam selenos, pedindo passagem pela nossa terra, onde comungamos, nós dois, rezas de eterna querência !
O Tempo Comeu
Restos de coisas,
Nada levam de mim,
Antes, meus,hoje,
Não há senso nesse passado,
Não sei perder,
Ah! Alcatéia de monstros
Ah! Esse Tempo !
O tempo comeu!
Sozinho fiquei
Pois,
Enquanto você sonha,
Depois, tudo passa,
E nesse fim sem fim,
Homem Pluma
A pluma deixa a mensagem de suavidade. Revoar com ela nos apazigua ao ponto da levitação. É um extase de sentimentos que o aproxima de um abismo onde ele paira entre sua levedura e o vento. Assim, se ele é fruto do conquistar é também da semente do perdedor. O homem que tem o toque de pluma está em constante choque entre o que vê, o que sente e para que caminhos será levado. Ele não é dono de si, mas é um todo de dúvidas. Na sua vida é mais fácil ele viver o que passou, do que viver o futuro, que, fatalmente,vai durar nada mais do que alguns segundos. O homem pluma é o homem-bar. O homem-fuga é o homem-copo. Tolice se ele não fugir!
Cristais e o Barro
Estrela Fácil
Moro numa estrela esquerda, situada a oeste do Equador, que instiga de poucas luzes a cidade de Mediador.
Fui lá colocado pela fada madrinha que, cansada de me ver só e sobrevoar o vazio, me deu guarida e um protetor contra solares pedrinhas!
Virei asssim instrumento do céu, - saída verídica para quem só remexia pela Terra e bolinava a vida dos outros até aqueles que não usavam chapéu.
Foi guarida boa: fico sabendo o que está acontecendo ao sul, e o prumo do vento oeste que vêm pendente e oscilante, tudo muito fácil e ocasional: represento minha família quase em pranto.
Pra dizer a verdade, lá na Terra as áreas já estavam alagadas de solidão. Solidão sem rumo, sem bússola, onde tudo emperra e me chamuscavam de ansiedades no paredão.
Não que eu tenha classe especial, mas fez ela por bem e me deu de restos - como uma serenata tropical - pois, daqui, vejo lampejos de festas.
E assim me tornei estrela, mas como tudo é complicado e difícil, virei estrela fácil - manuseio de todos os prantos !
O Menino Que Sonhava a Vida
ande depressa sonhos brancos e coloridos, que eram meus sonhos azuis
Pietra
Ordeno meus pensamentos,
A musa-mulher sempre me levou para um sonho azul
Bruxa
história esquisita, das bruxas que vi.
elas se vestem de gente mas são palhoças, se vestem de rainhas mas são escombros, se vestem de alegria para roubar legados dos homens da Tanzânia !
destas bruxas ralas de hoje em dia ela só fazem e põe a rodar no céu, pra ver se voam ou são apenas ursas . sem vintém
Elas somente andam com facas de pajém pra matar até no além.
Um Diaum dia, dia sim, dia não, chamei meu pai de forte e minha mãe de flor de lis.
um dia chamei meu mestre de dono e meu oeste de decepção, meu norte de esperança, já que lá no sul debruava choros de mulheres vestidas de camaleão.
um dia chamei meu amor de vida e minha morte de vazio, chamei o rei de basco e a rainha de tigresa, que distribuia bondades e maldades.
e pela vida fui chamando até, que de algum lugar, onde se fala amando, me mandaram me chamar, eu fui porque todo mundo tem sua hora de mandar.
então, minha amante chamou o féretro, pomposo e florido, mas com o omissivo de dor, enquanto, minha amada, chorava feito rosas sem dono.
e tudo se ruiu, e feito Roma, não sobrou nada, nem os que do poder, fluiam.
Mel e Fel
até o fim chegando perto, aqui não fica nada, você conta uma história
que eu conto outra hora.
uma coisa é certa:
em vez de leveza,
O HOMEM QUE SONHAVA AZUL
Não era uma vez, que foi levantando o pó da vida, que encontrei você agastada, no meigo mundo que te fizeram.
Foi erguendo bandeiras dos sem pátrias; foi carregando espadas sem nome, foi empurrando as cinzas, e sufocado com minha própria voz, que consegui, era uma vez, te conquistar.
Mas foi por pouco, muito pouco, que sua vida não foi minha vida.
Um cavaleiro de cisco dourado sobrejou da esquina e, soberbo como as cotovias da primavera, chamou pelo seu nome e levou você e minha dor.
E era uma vez, sem hora marcada, sem dono, atrelado à dor que, penso agora, cadê você?
Só pode estar dentro do meu azul, que tem cor, mas é sempre magoado pelo branco-aniz.
Meia-água do Perdão
Coisas da alma, sobretudo dos espíritos, meia-água de perdão, que invade agora nossa solidão.
Estar junto já vale pouca coisa; é como beber um vinho doce e no fim se perder no aguardente.
Não foi por mal, foi a engrenagem da vida: uma hora prá frente, outra prá trás; sem maldade apenas ela tinha piedade.
A gente vê as coisas cairem como um dia sombrero que se esvai, como as pétalas amaciadas das figueiras se deixam e se partem ao vento.
A gente vê isso o dia inteiro, é certo, mas quando a gente se vê dentro de uma história de amor, é outro capítulo prá calcular.
Ai dói mais, É uma lança de duas pontas, tão arfado como um raio de sol. Você sente e os outros pensam que não.
Mas está ali: é uma classe especial prá fugir da gente como um raio que bate de repente!
Não mais importa. Se perdi, perdi dobrado e, ela, se ganhou, fingiu ser gloriosa, correu do sim e se agasalhou no não.
Meu espaço foi tomado, sugado pelo tempo, vivo agora de choro e lágrimas sofisticadas, pensando só nela, no tempo dela, que morreu em mim na fronteira final, entre a dor e a saudade. Sou agora a última etapa: um resto, sem ser amado!
Venho do Resto de Flores Cálidas
Venho do lago, lá do norte ou do sul, que cruza a ponte que divide o céu da terra, lá, onde nasce o sol e acalenta a fria lua.
Sou do norte, cavaleiro azul, postejado de armas, de coração amado, de corpo sufocado, pela falta dela.
Sou pronto para a guerra, às lutas impávidas, lençoadas de morte, mas não estou armado, para enfrentar a solidão dela, o rumorejo de seu perfume, a fala mansa e cortejada de minha rainha que desapareceu por entre as paredes dos sós.
Entre o norte ou o sul, pois havia uma ponte a nos separar, e lá chamam, sôfregos, assim, de sopetão:
o laço de corda vergada, que separa minha vida da sua, é prima da casa da adeus, pois neste amor proibido, jamais vão nos deixar alentar nossa paixão!
(Poesias dedicada à Ticiana )
Maino Vento
se minha vida
(Poesia dedicada à Ticiana )
José Kappel
Enviado por José Kappel em 27/12/2022
Alterado em 08/09/2023 |