Distâncias minhas,
que o tempo castiço
me faz colecionar
no brando caminhar
da vida.
Distâncias do tempo,
das coisas,
das pessoas,
distância que me remido
em saudade e vazios.
Distância que acontece
a cada minuto
dos agrestes do tempo,
que se limita apenas a
andar sem rumo
numa trilha de alvoradas
invisíveis.
Distância que revive o caos,
que faina o corpo
já exausto.
Sou de repente
e bravio,
entre serpentes
ávidas por minha vida.
A travessia da vida, agora
é com você.
Você surge dos ímpetos,
igual a uma flor,
da manhã;
você que
goleia meu corpo
e faz dele seu sentinela
de amor com
adornos de asas
cativas.
Agora sou o brando
que caminha entre suas
lágrimas, que nada mais
são luzes eternas
que iluminam
o nosso novo mundo
feito
no nosso
brado caminhar.
( Poesia dedicada à Ticiana )