Pásaros coleiros que deixam
no ar, rastros de verão,
e me empurram lá pra longe
onde o sonho começa
e acordo sem corpos de
ninguém.
E, no ar,só aroma de ameixas!
E mãos de deixar.
Agora, só o simples
de seu corpo passou
aqui.
Só o mestre de sua vida,
me roçou lenta e amável,
onde mora o muito além,
nesta noite que agora começa,
e nos unimos nesta mesa vazia,
onde o hoje foi ontem e o agora é ninguém.
(Poesia dedicada a Ticiana )