me completei, virei figurinha fácil, torno de terra de ninguém, espada sem véu, sem entrelaços de mãos, sem coisas para pensar.
no todo, me desabei !
me completei e sou apenas um número na galáxia de sonhos com adornos de meia luz, rotundas e negras.
já vou, falar pra quê?
aconteceu o que já esperava desde criancinha - o sozinho.
e isso me amedronta, pois virei bolha de ar, espumante, mas assim mesmo indiferente dos passantes que vivem do vento !
agora sou jardim mecânico que funciona à beira da fúria.
me contento esmerado e ferido por bala, de chumbo.
um dia vivi de jasmim, copos de mardim e mundos ultrapassados.
troquei até figurinhas com os maltratados.
basta, me vou.
a única coisa que me amedronta é ir sozinho. isso lá é igual enfrentar garras de onça na primavera da vida.
mas que vida ? me jogaram uma vida. e mal sei o que fazer dela !
e isso lá bem poderia ser um sonho, mas não é.
é pura verdade do que o meu não seria !
estou na garras da onça, não há volta, morreram as idas.
agora, só falta o bote que me mata e sufoca meu sonho de amar !
me completei, virei figurinha fácil, torno de terra de ninguém, espada sem véu, sem entrelaços de mãos, sem coisas para pensar.
no todo, me desabei !
me completei e sou apenas um número na galáxia de sonhos com adornos de meia luz, rotundas e negras.
já vou, falar pra quê?
aconteceu o que já esperava desde criancinha - o sozinho.
e isso me amedronta, pois virei bolha de ar, espumante, mas assim mesmo indiferente dos passantes que vivem do vento !
agora sou jardim mecânico que funciona à beira da fúria.
contento esmerado por bala, de chumbo.
um dia vivi de jasmim, copos de álcool e mundos ultrapassados.
troquei até figurinhas com os maltratados.
basta, me vou.
a única coisa que me amedronta é ir sozinho. isso lá é igual enfrentar garras de onça na primavera da vida.
mas que vida ? me jogaram uma vida. e mal sei o que fazer dela !
e isso lá bem poderia ser um sonho, mas não é.
é pura verdade do que o meu não seria !
estou na garras da onça, não há volta, morreram as idas.
Agora, só falta o bote que me mata e sufoca meu sonho de amar !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 24/11/2022
Alterado em 24/11/2022 |