Roço o rosto,
levito o suave,
medro o palmo
e faço o terno.
Pulo de dois,
na cerca da vida,
empurro bois,
cavalgo alados
tudo a procura
dos pacatos.
Roço o rosto
faino a dor
repasso torto
a voz dela
em pé, firme e com
azul de cor.
Roço o rosto
tento a paz e silêncio
neste campo de sol
nesta vesga aparente.
Sou vivo e disso
me encarregam
de prover
a água para os melros.
Ando à passso,
corro por ruas
e enviezo por avenidas,
quase nuas.
As gentes se foram
pra algum lugar
perto de algum
das belas calandras.
Não fui, por receio
e bastante permeio sinto
de lá ficar,
pois é de lá que
roça meu medo!
Pois lá
morrem flechados
o belo canto
de melros desavisados
e supresos,
nas água dos impuros
de amor .