Vira água,visa o peixe,
dorme no meu acalanto
seu sonho de mulher.
Sou sóbrio quando posso,
sou festeiro e amo
ao seu lado
com sabor de tâmaras.
Sou seu, você sabe,
sou parte de seu
recosto, que me abriga da tempestade.
Mas, se corro,
tenho medo dos afogados
nesta idade.
É a vez da hora.
Hora de ficar.
Me abriga em seus braços
e serei sua paz -
não a paz das esquinas -
mas que me une a você.
Que faz de nós dois
pássaros
que voam tão alto
que o dono do destino -
cujo nome é destino.
nome impróprio e catiço -
quis que jamais
sequer fossemos,
o tempo de agora,mas
o tempo de amanhã.
quando não existir mais tempo.