não costumo me doer
quando o pensar é você:
mas, é do inevitável.
em todo lugar
que pouso,
a sinto flutuar e em
mim até latejar.
mas, a vida é feita
de rodopios.
e fico eu a lembrar
da magia que o
destino
me perjura !
ela é feita de ardose rara,
com vitrais,
onde flutuam sedas,
que o tempo,
alexandrino,
me adiantou
bem cedo.
igual ao léu
dono do
meio-sol do dia.
igual à ave mágica,
que voa pendente
no esplendor do céu.
ela foi feita
com pranto
de deusas,
e tem o bastante
pra entoar
cálidos cantos.
pois,
lá nas
manjedouras,
que sinto minha dor.
é o seu presente,
do tempo
que
mistura
doce e sal,
foi embora torto
igual a um navio
que deixa o porto !
Perdi
- mas outros também perdem ! -
mas, eu perdi diferente e
sem uma lasca de coerente.
foi numa noite de breu,
que nunca acabou,
pois todo dia é noite
e toda noite
- é bem feito -
é a mesma
toda noite.