Mulher Maria
Mulher dos contentes, mulher de hoje, que caminha tão só, triste, amuada, dissidente! Vaga diante do mundo, que ela nem viu tocar, só viveu para construir os palácios cheios de vazios, ombreando e levantando desativas feridas! Mulher Maria, de poucos anos, tal anjo, meio mulher, de dois nomes, sem sobrenome, mulher duas vezes, num copo de vinho cheio de ortalhas! Mulher de minha vida onde tão pouco guarneceu, que pinta o céu com um olhar e colhe estrelas distraídas. Sara minhas feridas num milagre que só ela sabe fazer. Sempre sendo minha querida ! Mulher, mulher do milagre, mulher sem hora, não usa o tempo por favor, usa igual, o meio e o fim. Mulher que de nome não precisa, Mas, Maria é! José Kappel
Enviado por José Kappel em 08/03/2021
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